Por que o Panamá é considerado um paraíso fiscal? - KamilTaylan.blog
23 Junho 2021 12:18

Por que o Panamá é considerado um paraíso fiscal?

Um paraíso fiscal é simplesmente um país que oferece a indivíduos ou empresas uma responsabilidade tributária pequena ou muito reduzida; um paraíso fiscal puro é um país que não cobra nenhum imposto. A República do Panamá é considerada um dos paraísos fiscais puros mais bem estabelecidos do Caribe devido à extensa legislação que regula estritamente a jurisdição offshore do país e os serviços financeiros.

principais conclusões

  • As estruturas jurídicas e tributárias do Panamá o tornam um paraíso fiscal puro.
  • O Panamá não cobra imposto de renda, corporativo, de ganho de capital ou de propriedade sobre entidades offshore que apenas realizam negócios fora da jurisdição. As empresas offshore podem se envolver em negócios localmente – uma vantagem rara – mas pagarão impostos locais como resultado.
  • O Panamá tem leis rígidas de sigilo bancário destinadas a proteger a privacidade dos titulares de contas.
  • O Panamá também não tem tratados fiscais com nenhum outro país e nenhuma lei de controle de câmbio.

Setor Financeiro Offshore do Panamá

A jurisdição offshore do Panamá oferece uma ampla gama de excelentes serviços financeiros, incluindo serviços bancários offshore, a incorporação de empresas offshore, registro de navios e a formação de trustes e fundações no Panamá. Não há impostos cobrados sobre empresas offshore que apenas realizam negócios fora da jurisdição. As empresas offshore constituídas no Panamá e os proprietários das empresas estão isentos de quaisquer impostos corporativos, impostos retidos na fonte, imposto de renda, imposto sobre ganhos de capital, impostos locais e impostos de propriedade ou herança.1

O Panamá oferece um benefício adicional não disponível em muitos paraísos fiscais offshore: a capacidade de conduzir negócios dentro da jurisdição offshore. No entanto, qualquer negócio conduzido dentro da jurisdição está sujeito a impostos locais.

Privacidade Financeira

Existem extensas leis no Panamá para proteger a acionistas corporativosnão precisam ser registrados publicamente. O Panamá também possui leis de sigilo bancário muito rígidas.5 Os  bancos panamenhos estão proibidos de compartilhar qualquer informação sobre contas bancárias offshore ou titulares de contas. A única exceção é uma ordem judicial específica do Panamá em conjunto com uma investigação criminal.



Pessoas ou empresas de qualquer nacionalidade podem se constituir no Panamá.

O Panamá tem poucos tratados fiscais com países que têm fortes laços econômicos com ele, protegendo ainda mais a privacidade financeira de clientes de bancos offshore que são cidadãos de outras nações.78 O  Panamá também oferece o benefício de não ter leis de controle de câmbio. Isso significa que para clientes individuais do banco offshore do Panamá, bem como para entidades comerciais offshore constituídas no Panamá, não há limites ou requisitos de relatórios sobre transferências de dinheiro para dentro ou para fora do país.

The Panama Papers

A popularidade do Panamá como um paraíso fiscal virou notícia global – e não de um jeito bom – com a publicação dos “Panama Papers” em 2016. Um cache de arquivos financeiros da Mossack Fonseca, um dos maiores escritórios de advocacia offshore do mundo, o artigos foram publicados no jornal alemão Süddeutsche Zeitung, que os obteve de uma fonte anônima. Remontando à década de 1970, os documentos abrangiam cerca de 214.000 entidades comerciais offshore e corporações de fachada envolvendo indivíduos de alto patrimônio, funcionários do governo e organizações de 200 países que o escritório de advocacia havia estabelecido. Embora a maioria deles fosse legítima, alguns foram armados ou usados ​​para fins ilegais, incluindo fraude, evasão fiscal, lavagem de dinheiro e prevenção de sanções internacionais, revelou um consórcio de jornalistas investigativos.

Os arquivos foram chamados de Panama Papers porque Mossack Fonseca (e, presumivelmente, o indivíduo que os vazou) estava baseado lá – para grande consternação do governo panamenho, que protestou que o nome prejudicava a imagem do país. Certamente prejudicou o Mossack Fonseca: o escritório fechou em 2018, resultado direto das revelações.11