Teoria da Escolha Social
O que é a Teoria da Escolha Social?
A Teoria da Escolha Social é uma teoria econômica que considera se uma sociedade pode ser ordenada de uma forma que reflita as preferências individuais. A teoria foi desenvolvida pelo economista Kenneth Arrow e publicada em seu livroSocial Choice and Individual Values em 1951.
Principais vantagens
- A teoria da escolha social está preocupada em encontrar um método ideal que agregue preferências, julgamentos, votos e decisões individuais para um bom governo.
- Kenneth Arrow é geralmente creditado por lançar as bases para a teoria da escolha social, mas a base foi lançada por Nicolas de Condorcet no século XVIII.
- O livro de Arrow especifica cinco condições que as escolhas de uma sociedade devem atender para refletir as escolhas individuais.
- Estes incluem Universalidade, Capacidade de Resposta, Independência de Alternativas Irrelevantes, Não Imposição e Não Ditadura.
Compreendendo a teoria da escolha social
O francês Nicolas de Condorcet lançou as bases para a teoria da escolha social em um ensaio de 1785. O ensaio incluiu o teorema do júri. No teorema, cada membro de um júri tem uma chance igual e independente de fazer o julgamento correto sobre se um réu é culpado. Condorcet mostrou que a maioria dos jurados tem mais probabilidade de estar correta do que cada jurado individualmente, o que justifica a tomada de decisão coletiva. O paradoxo de Condorcet baseia-se em seu teorema anterior e propõe que as preferências da maioria podem ser irracionais. Assim, Condorcet mostrou que embora a tomada de decisão coletiva seja preferível às decisões individuais, ainda existem problemas associados a ela.
A teoria da escolha social questiona se é possível encontrar uma regra que agregue preferências, julgamentos, votos e decisões individuais de uma forma que satisfaça critérios mínimos para o que deve ser considerado uma boa regra. A Teoria da Escolha Social considera todos os tipos de escolhas individuais, não apenas escolhas políticas.
Organizar a sociedade de uma forma que reflita essas muitas e variadas preferências individuais é, portanto, difícil. Arrow especifica cinco condições que as escolhas de uma sociedade devem atender para refletir as escolhas de seus indivíduos. Estes incluem Universalidade, Capacidade de Resposta, Independência de Alternativas Irrelevantes, Não Imposição e Não Ditadura. O Teorema da Impossibilidade de Arrow afirma que é impossível ordenar a sociedade de uma forma que reflita as preferências individuais sem violar uma das cinco condições.
Outro contribuinte notável para a teoria da escolha social é Jean Charles de Bourda, um contemporâneo de Condorcet, que desenvolveu um sistema de votação alternativo conhecido como Contagem de Borda. Outros contribuintes da teoria incluem Charles Dodgson (mais conhecido como Lewis Carroll) e o economista indiano Amartya Sen.
Exemplo de teoria da escolha social
Para considerar um exemplo político, sob uma ditadura, as decisões sobre as escolhas sociais e a ordenação da sociedade são tomadas por um pequeno grupo de pessoas. Em uma sociedade democrática aberta, cada indivíduo tem uma opinião sobre como a sociedade deve ser melhor ordenada.