Fundamentos de como o Brasil ganha dinheiro
Se você perguntasse a um brasileiro como ele ganha dinheiro, ele provavelmente começaria contando sobre o salário que ganha por trabalhar um certo número de horas em seu emprego. Eles podem até continuar falando sobre o negócio, ou o pedaço de terra, ou mesmo os títulos do governo que possuem, todos os quais pagam uma certa quantia em dinheiro na forma de lucro, aluguel e juros, respectivamente. Olhando para todos esses brasileiros em conjunto, podemos ver como o Brasil ganha dinheiro, já que a renda do Brasil é apenas a soma das rendas de todos os seus cidadãos.
Nesse nível agregado, descobrimos que o Brasil tem muito a seu favor, visto que é dotado de abundância de recursos naturais e pessoas, mas assim como os indivíduos podem ser dotados de certos talentos naturais, é basicamente como esses talentos são administrados e desenvolvidos que determinam a receita. Examinando os fundamentos de como o Brasil obtém sua receita, descobrimos que, embora tenha abundância de recursos, incluindo pessoas, o país precisa começar a reorientar suas estratégias de gestão e desenvolvimento.
Renda do Brasil vs. Renda do Brasil
Podemos ficar tentados a pensar que o Brasil deve estar relativamente bem em suas estratégias de gestão e desenvolvimento, considerando que sua receita total (ou seja, sétima maior do mundo em 2013, com US $ 2,246 trilhões. É muito dinheiro, o que torna o Brasil um grande ator na economia global.
No entanto, considerando a população total do Brasil (cerca de 200,4 milhões em 2013), a renda média do brasileiro (ou seja, 63 rd globalmente, de acordo com os mais recentes dados do mundo Banco.
Embora a renda do Brasil seja relativamente grande, a relativa pequenez da renda de seus cidadãos sugere que melhorias na produtividade podem ser feitas. Antes de considerar algumas dessas melhorias, vamos primeiro dar uma olhada no que os brasileiros fazem para ganhar dinheiro. (Para mais informações, consulte: Investindo no Brasil 101. )
Renda do Brasil decomposta
Decompondo a renda do Brasil, descobrimos que ela deriva dos seguintes três setores: agricultura, indústria e serviços. De acordo com as estimativas de 2014, 5,8% da receita brasileira vinha da agricultura, 23,8% da indústria e 70,4% dos serviços.
Uma decomposição posterior mostra que o setor agrícola é composto por setor de serviços compreende hospitalidade, finanças, BPO de TI, vendas no varejo e serviços pessoais.
O trabalho realizado nesses setores determina a oferta de bens e serviços aos consumidores nacionais e estrangeiros. Por sua vez, os gastos desses consumidores resultam em renda para os trabalhadores do Brasil. No entanto, é principalmente o consumo doméstico que é responsável por fornecer renda à força de trabalho do Brasil, uma vez que as exportações totais do país representaram apenas 12,6% do PIB em 2013. Agora examinamos os fundamentos dessa demanda do consumidor nos últimos anos.
The Boom: Aumentos na demanda interna e externa
A recente explosão no crescimento chinês alimentou um boom global de commodities de 2003 a 2011. Como a China é o principal consumidor estrangeiro do Brasil, esse boom trouxe benefícios significativos para as exportações do Brasil, cujo valor aumentou aproximadamente 250% no mesmo período.
O clima econômico do Brasil nessa época também ajudou a atrair grandes fluxos de capital, levando a uma enorme expansão do crédito ao consumidor. O consumo doméstico aumentou significativamente, visto que a dívida das famílias aumentou de 20% da renda pessoal para 43% entre 2005 e 2012.
Os gastos do governo também ajudaram no crescimento do consumo de combustível. Os gastos do governo, em grande parte alimentados por impostos mais altos e aumento da dívida, aumentaram entre 2002 e 2013 de 15,7% do PIB para 18,9%.
Assim, grande parte do forte crescimento econômico testemunhado pelo Brasil na primeira década do 21 st século foi principalmente devido a fatores externos e não a estratégias de gestão e desenvolvimento prudentes do país. Como veremos, esses fatores externos logo se extinguiram, revelando a real fragilidade intrínseca da economia brasileira. (Para mais informações, consulte: Fontes de Indicadores Econômicos para o Brasil.)
A desaceleração: menor demanda
Atualmente, todas as economias latino-americanas estão experimentando um declínio no crescimento devido ao fim do ciclo de boom global das commodities, crescimento mais lento na China e uma redução nos fluxos de capital para as economias emergentes. O Brasil não é exceção. O que é óbvio agora é que o país não pode simplesmente esperar as coisas passarem na esperança de que esses fatores externos reacendam.
Por um lado, os preços mais altos alimentados pelo boom das commodities são uma exceção à tendência histórica de longo prazo. Em termos reais, tem havido uma tendência definida de queda dos preços das commodities desde 1913. A recente queda nos preços das commodities entre 2011 e 2014, na verdade, trouxe-os de volta em linha com esta tendência de longo prazo e, portanto, é improvável que retornem aos níveis elevados característicos do período entre 2003 a 2011 no futuro próximo.
Além disso, os gastos do governo parecem um tanto prejudicados, uma vez que as contas fiscais do Brasil pioraram significativamente. De fato, uma agência de classificação rebaixou recentemente a cortar gastos e aumentar impostos.
Essas medidas austeras afetam a renda disponível do consumidor individual, da qual grande parte já é utilizada para o serviço da dívida do consumidor. Os consumidores não vão contrair mais dívidas tão cedo e, portanto, o consumo alimentado por dívidas dos últimos anos chegou ao fim.
Todos esses fatores estão contribuindo para graves dificuldades para a economia brasileira e evidenciando fragilidades que podem ter se escondido durante o forte crescimento do país na primeira década deste século. A única maneira de melhorar é reorientar para uma gestão prudente e estratégias de desenvolvimento.
Seguindo em frente: melhorias para o crescimento da renda
Conforme evidenciado pelo PIB per capita relativamente baixo do Brasil observado acima, o país precisa concentrar sua energia no aumento da produtividade, o que, por sua vez, aumentará sua competitividade internacional. De fato, um recente estudo competitividade classificou o Brasil 15 ª entre as 16 nações de pares, eo país tem sido na parte inferior destes rankings nos últimos três anos.
Existem várias melhorias de desenvolvimento que o Brasil poderia empreender para aumentar sua competitividade. De acordo com a McKinsey & Company, essas melhorias incluem aumentar o investimento, promover uma integração mais próxima com os principais mercados, atualizar a infraestrutura que conectará o Brasil ao resto do mundo, reduzir os custos regulatórios, melhorar a eficiência do setor público e melhorar a educação e o treinamento.
The Bottom Line
O Brasil tem muito a seu favor, pois tem uma abundância de recursos naturais e pessoas. No entanto, como os eventos recentes mostraram, ter uma abundância dessas coisas não significa necessariamente uma renda elevada para os cidadãos. Esses recursos devem ser gerenciados e desenvolvidos de forma adequada. O Brasil tem alguns dos componentes fundamentais do que é preciso para ganhar dinheiro, mas se quiser realmente melhorar a vida de seus cidadãos, precisará desenvolver maior produtividade e aumentar sua competitividade internacional.