23 Junho 2021 8:16

Taft-Hartley Act

O que é a Lei Taft-Hartley?

A Lei Taft-Hartley é uma lei federal dos EUA de 1947 que ampliou e modificou a Lei Wagner de 1935. Ela proíbe certas práticas sindicais e exige a divulgação de certas atividades financeiras e políticas dos sindicatos. O projeto foi inicialmente vetado pelo presidente Truman, mas o Congresso anulou o veto.

Principais vantagens

  • O Taft-Hartley Act de 1947 exige a divulgação das atividades financeiras e políticas de um sindicato.
  • Essa lei também é conhecida como Lei de Relações de Gerenciamento do Trabalho (LMRA) e é uma emenda à Lei Wagner de 1935.
  • A Lei Taft-Hartley teve seis emendas, incluindo atualizações mais recentes às leis de direito ao trabalho.

Compreendendo a Lei Taft-Hartley

O Labor Management Relations Act, comumente conhecido como Taft-Hartley Act, alterou o National Labor Relations Act de 1935 (NLRA, ou Wagner Act). O Congresso aprovou a Lei Taft-Hartley em 1947, anulando o veto do presidente Harry Truman.

Os críticos sindicais na época o chamaram de “projeto de lei do trabalho escravo”, mas o Congresso controlado pelos republicanos – incentivado pelo lobby empresarial – viu isso como necessário para conter os abusos sindicais, para encerrar uma série de greves em grande escala que eclodiram após o fim da Segunda Guerra Mundial e para suprimir a influência comunista no movimento operário.



A Lei Wagner – e, portanto, a Lei Taft-Hartley – não cobre o trabalho doméstico ou os trabalhadores agrícolas.

Principais Emendas e Mudanças

Taft-Hartley delineou seis práticas injustas de sindicatos e providenciou remédios, na forma de emendas, para proteger os funcionários de danos resultantes dessas práticas. Anteriormente, a Lei Wagner tratava apenas de práticas trabalhistas injustas perpetradas por empregadores. Em 1947, o presidente Harry Truman alterou partes do NLRA quando aprovou a  Lei Taft-Hartley. Essa lei criou as leis atuais de direito ao trabalho, que permitem aos estados proibir a filiação obrigatória a um sindicato como condição para o emprego nos setores público e privado do país.

  1. Uma emenda protegia os direitos dos funcionários sob a Seção 7 da Lei Wagner, que dava aos funcionários o direito de formar sindicatos e se envolver em negociações coletivas com os empregadores. Esta alteração protegia os empregados de coerção desleal por parte dos sindicatos que poderia resultar em discriminação contra os empregados.
  2. Uma segunda emenda dizia que um empregador não pode se recusar a contratar empregados em potencial porque eles não querem se filiar a um sindicato. No entanto, o empregador tem o direito de assinar um acordo com um sindicato que exige que o funcionário se filie ao sindicato até o 30º dia de trabalho do funcionário.
  3. Uma terceira emenda estipulou que os sindicatos têm a obrigação de negociar de boa fé com os empregadores. Essa emenda equilibrava as disposições da Lei Wagner, que exigia negociação de boa fé por parte dos empregadores.
  4. Uma quarta emenda proibia boicotes secundários por parte dos sindicatos. Por exemplo, se um sindicato tem uma disputa com um empregador, o sindicato não pode, sob a lei, coagir ou instar outra entidade a parar de fazer negócios com esse empregador.
  5. Uma quinta emenda proibia os sindicatos de tirar vantagem de seus membros ou empregadores. Os sindicatos foram proibidos de cobrar taxas de iniciação ou taxas de adesão excessivas de seus membros. Além disso, os sindicatos foram proibidos de fazer com que os empregadores pagassem por trabalhos que seus membros não realizassem.
  6. Uma sexta emenda acrescentou uma cláusula de liberdade de expressão para os empregadores. Os empregadores têm o direito de expressar seus pontos de vista e opiniões sobre questões trabalhistas, e esses pontos de vista não constituem práticas trabalhistas injustas, desde que o empregador não ameace reter benefícios ou se envolver em outra retribuição contra os empregados.

Em fevereiro de 2021, o Congresso reintroduziu a Lei Nacional de Direito ao Trabalho. Isso daria aos funcionários em todo o país a opção de não se associar ou pagar taxas a sindicatos. A lei também foi introduzida em 2019 e 2017, mas estagnou. Em março de 2021, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou a Lei de Proteção ao Direito de Organizar (PRO Act). A legislação pró-sindicato anula as leis de direito ao trabalho e tornaria mais fácil a formação de sindicatos. A Lei PRO enfrenta uma batalha difícil no Senado, já que a maioria dos republicanos se opõe a ela.



Os seguintes estados têm leis de direito ao trabalho: Alabama, Arizona, Arkansas, Kansas, Flórida, Geórgia, Idaho, Indiana, Iowa, Kentucky, Louisiana, Michigan, Mississippi, Nebraska, Nevada, Carolina do Norte, Dakota do Norte, Oklahoma, Sul Carolina, Dakota do Sul, Tennessee, Texas, Utah, Virgínia, Virgínia Ocidental, Wisconsin e Wyoming.

Mudanças nas Eleições Sindicais

A Lei Taft-Hartley também fez mudanças nas regras eleitorais dos sindicatos. Essas mudanças excluíram supervisores de grupos de negociação e deram tratamento especial a certos funcionários profissionais.

A Lei Taft-Hartley também criou quatro novos tipos de eleições. Um deu aos empregadores o direito de votar nas reivindicações sindicais. Os outros três deram aos empregados o direito de realizar eleições sobre o status dos sindicatos em exercício, para determinar se um sindicato tem o poder de celebrar acordos para os empregados e de retirar a representação sindical depois de concedida. Em 1951, o Congresso revogou as disposições que regiam as eleições sindicais nas lojas.