23 Junho 2021 3:27

Neutralidade da rede

O que é neutralidade da rede?

Neutralidade de rede (rede) é o conceito de que todos os dados na Internet devem ser tratados igualmente por empresas, como provedores de serviços de Internet (ISPs) e governos, independentemente do conteúdo, usuário, plataforma, aplicativo ou dispositivo.

Principais vantagens

  • A neutralidade da rede requer que todos os provedores de serviços de Internet (ISPs) forneçam o mesmo nível de acesso a dados e velocidade para todo o tráfego, e que o tráfego para um serviço ou site não pode ser bloqueado ou degradado.
  • A neutralidade da rede também afirma que os ISPs não devem criar acordos especiais com serviços ou sites, nos quais as empresas que os fornecem recebem acesso ou velocidade de rede melhorados.
  • Os defensores da neutralidade da rede sugerem que, ao não permitir que os ISPs determinem a velocidade com que os consumidores podem acessar sites ou serviços específicos, as empresas menores terão maior probabilidade de entrar no mercado e criar novos serviços.
  • Os críticos da neutralidade da rede argumentam que, ao forçar os ISPs a tratar todo o tráfego igualmente, o governo acabará desencorajando o investimento em nova infraestrutura e também criará um desincentivo para os ISPs inovarem.

Compreendendo a neutralidade da rede

A neutralidade da rede é um princípio de que todo o tráfego da web deve ser tratado da mesma forma. Argumenta que a internet deve ser acessível a todos e que aqueles que a fornecem não devem dar tratamento preferencial e enviar dados mais rapidamente a alguns usuários.

A neutralidade da rede requer que todos os ISPs forneçam o mesmo nível de acesso a dados e velocidade para todo o tráfego, e que o tráfego para um serviço ou site não pode ser bloqueado ou degradado. Os ISPs também não devem criar acordos especiais com serviços ou sites, nos quais as empresas que os fornecem recebem acesso ou velocidade de rede melhorados.

História da Neutralidade da Rede

O termo “neutralidade da rede” foi cunhado no início dos anos 2000 pelo professor de direito da Universidade de Columbia, Tim Wu, em um artigo sobre discriminação online. O conceito foi lançado em resposta aos esforços da Federal Communications Commission (FCC), um órgão regulador dos Estados Unidos, para exigir que os provedores de banda larga compartilhem sua infraestrutura com empresas concorrentes.

A Suprema Corte anulou a regulamentação da FCC em 2005. O ponto crítico para a regulamentação era se os provedores de serviços de banda larga eram considerados serviços de informação, que permitem aos usuários publicar e armazenar informações na Internet ou serviços de telecomunicações.

Em 2015, no governo Obama, as regras de neutralidade da rede foram aprovadas. Essas regras, em parte, impediam ISPs como AT&T e Comcast de deliberadamente acelerar ou desacelerar o tráfego de ou para sites específicos com base na demanda ou preferências de negócios.

No entanto, essas mudanças tiveram vida curta. Em 21 de novembro de 2017, Ajit Pai, presidente da FCC nomeado pelo ex-presidente Trump, revelou um plano para reverter as regras estabelecidas pela administração anterior. Este plano entrou em vigor em 11 de junho de 2018. Em 1 de outubro de 2019, o Tribunal de Recursos do Circuito de DC manteve o plano da FCC de revogar a maioria das cláusulas de Neutralidade da Rede, mas eliminou uma cláusula que impediria os estados de implementar seus próprios regras de internet.

Em umcomunicado divulgado pela FCC, o comissário Jain disse: “A decisão de hoje é uma vitória para os consumidores, a implantação da banda larga e a Internet livre e aberta. O tribunal afirmou a decisão da FCC de revogar a regulamentação de estilo utilitário da década de 1930 imposta pela da administração anterior. O tribunal também manteve nossa robusta regra de transparência para que os consumidores possam ser plenamente informados sobre suas opções online… “



Espera-se que o resultado da eleição presidencial de 2020 resulte em uma batalha para restaurar as rígidas regras de neutralidade da rede – os democratas e o presidente Biden há muito defendem as regras da Internet aberta.

Argumentos para a neutralidade da rede

Os defensores da neutralidade da rede sugerem que, ao não permitir que os ISPs determinem a velocidade com que os consumidores podem acessar sites ou serviços específicos, as empresas menores terão maior probabilidade de entrar no mercado e criar novos serviços. Isso ocorre porque as empresas menores podem não ser capazes de pagar pelo acesso “via rápida”, enquanto as empresas maiores e mais estabelecidas podem.

Os defensores vêem a neutralidade da rede como a pedra angular da Internet aberta e propõem que seja obrigatório por lei nos Estados Unidos para evitar que os provedores de banda larga pratiquem a discriminação de dados como uma tática competitiva. Por exemplo, capital inicial. Se eles tivessem sido forçados a pagar a mais para serem acessados ​​na mesma velocidade que os concorrentes, talvez nunca tivessem se tornado bem-sucedidos.

Os defensores da neutralidade da rede incluem organizações de direitos humanos, defensores dos direitos do consumidor e empresas de software, que acreditam que a Internet aberta é crítica para a troca democrática de ideias e liberdade de expressão, competição comercial justa e inovação tecnológica. Eles argumentam que as empresas de cabo devem ser classificadas como “operadoras comuns”, como empresas de serviços públicos ou fornecedores de transporte público, que são proibidos por lei de discriminar seus usuários.

Eles defendem o princípio de um “tubo burro”, sustentando que a inteligência deve estar localizada apenas nas extremidades de uma rede, e a própria rede (“tubo”) deve permanecer neutra (“burro”). Os defensores da neutralidade da rede veem a banda larga municipal como uma solução possível.

Críticas à neutralidade da rede

Os críticos da neutralidade da rede sugerem que, ao forçar os ISPs a tratar todo o tráfego igualmente, o governo acabará por desencorajar o investimento em nova infraestrutura e também criará um desincentivo para os ISPs inovarem. Os custos iniciais associados à instalação de cabos de fibra óptica, por exemplo, podem ser muito caros, e os críticos argumentam que não ser capaz de cobrar mais por esse nível de acesso tornará o investimento mais difícil de pagar.

Os oponentes da Internet aberta incluem think-tanks conservadores, empresas de hardware e grandes provedores de telecomunicações. Os provedores argumentam que devem ser autorizados a cobrar preços diferenciados pelo acesso, a fim de se manterem competitivos e gerar os fundos necessários para mais inovação e expansão das redes de banda larga, bem como para recuperar os custos já investidos em banda larga.