22 Junho 2021 16:42

Trazido por cima do muro

O que significa ser trazido por cima do muro?

Ser “expulso” é quando um funcionário do departamento de pesquisa de um banco de investimento – geralmente um analista de pesquisa – é trazido para trabalhar no departamento de subscrição a fim de se concentrar em uma empresa específica. O objetivo de tal transferência é agregar uma opinião fundamentada ao processo de subscrição, agregando valor a ele. Esta situação também é conhecida como “derrubada da Muralha da China “.

Principais vantagens

  • Quando alguém é expulso, geralmente é para emprestar seus conhecimentos a outro departamento.
  • A ideia é que o funcionário capacitado passe sua expertise e conhecimento para a área receptora.
  • Os departamentos precisam ter cuidado ao compartilhar informações, para que não levem a negociações privilegiadas.

Compreensão trazida por cima da parede

O próprio termo se refere à divisão entre os analistas de um banco de investimento e o departamento de subscrição do banco. A divisão visa evitar a troca de informações privilegiadas entre os dois departamentos. Uma vez que o processo de subscrição esteja concluído, o funcionário de pesquisa que foi “derrubado” não tem permissão para comentar sobre qualquer informação aprendida no processo de subscrição até que se torne de conhecimento público.

Trazer um funcionário do departamento de pesquisa de um banco de investimento “além da parede” para o departamento de subscrição é uma prática comum. O analista de pesquisa dá sua opinião especializada sobre a empresa, o que ajuda os subscritores a se tornarem mais bem informados durante o processo de subscrição. Após a conclusão de tal processo, o analista de pesquisa está impedido de compartilhar qualquer informação sobre seu tempo “além do muro” até que a informação seja tornada pública. Esta medida visa ajudar a prevenir a troca de informações privilegiadas.



Essa “parede” não é um limite físico, mas sim ético que se espera que as instituições financeiras observem.

O conceito de separação do “muro da China” entre o departamento de pesquisa e o departamento de subscrição de um banco de investimento também surgiu em 1929, quando a separação entre banco de investimento e operações de corretagem foi adotada pelos reguladores do setor de valores mobiliários. Esse desenvolvimento foi iniciado pela quebra do mercado de ações em 1929 e acabou servindo como um catalisador para a criação de uma nova legislação.

Em vez de forçar as empresas a participarem do negócio de fornecimento de pesquisas ou de serviços de banco de investimento, a “parede” tenta criar um ambiente no qual uma única empresa possa se envolver em ambos os empreendimentos.

Revisando a prática “Brought Over the Wall”

A prática de trazer analistas para cima da parede continuou inquestionável por décadas, até o boom e o colapso das pontocom dos anos 1990  trouxe de volta os holofotes. Os reguladores descobriram que analistas de renome estavam vendendo de forma privada participações pessoais das ações que estavam promovendo e foram pressionados a fornecer boas classificações (apesar de opiniões pessoais e pesquisas que indicassem o contrário). Os reguladores descobriram que muitos desses analistas, que possuíam pessoalmente ações pré-IPO de certos títulos e podiam ganhar enormes lucros pessoais se tivessem sucesso, deram dicas “quentes” a clientes institucionais e favoreceram certos clientes, permitindo-lhes obter lucros enormes na à custa de membros desavisados ​​do público.