Qual a diferença entre o fluxo de dinheiro e o fluxo real?
Fluxo de dinheiro e fluxo real são os dois aspectos principais do modelo econômico de fluxo circular de renda. Ambos se referem a trocas de bens e serviços por dinheiro, mas os dois conceitos diferem na maneira como se referem aos lados opostos dessas trocas no que se refere a indivíduos e empresas.
Os fluxos reais referem-se ao fluxo de bens ou serviços reais, enquanto os fluxos de dinheiro referem-se aos pagamentos pelos serviços (salários, por exemplo) ou pagamentos de consumo.
Principais vantagens
- Os fluxos de dinheiro representam a maneira como o dinheiro e o crédito circulam na economia à medida que a renda se transforma em poupança e investimento e vice-versa.
- Os fluxos reais representam a maneira como as mercadorias, produtos e serviços são produzidos e consumidos na economia.
- Embora os economistas convencionais muitas vezes desconsiderem a relação entre os fluxos reais e monetários, muitos outros entendem que os dois estão intrinsecamente ligados.
O fluxo circular da receita
Em uma economia de troca moderna, em que todas as trocas econômicas envolvem dinheiro, o modelo de fluxo circular de renda tenta representar os fluxos de ida e volta de dinheiro e serviços entre indivíduos (ou famílias) e empresas. Ao explicar o fluxo de dinheiro, esse modelo econômico usa os termos “fluxo de dinheiro” e “fluxo real” para designar a natureza das diferentes trocas que ocorrem.
No modelo, os indivíduos são considerados possuidores de fatores de produção (como mão-de-obra, serviços ou propriedade) e consumidores, compradores de bens. As empresas são consideradas tanto as produtoras de bens quanto as compradoras de fatores de produção.
Fluxos reais versus fluxos de dinheiro
Os fluxos reais incluem os fatores de produção, como trabalho ou terra, que fluem dos indivíduos para as empresas, bem como o fluxo de bens e serviços das empresas para os indivíduos.
Enquanto isso, os fluxos de dinheiro ocorrem quando as empresas pagam salários em troca de trabalho ou serviços prestados por indivíduos, bem como quando os indivíduos gastam dinheiro para obter bens ou serviços produzidos pelas empresas.
A economia real versus monetária
Quando os economistas convencionais falam de economia, muito provavelmente estão se referindo à economia “real” – isto é, a produção e o consumo de bens e serviços reais. Nesse modelo, o dinheiro é apenas um “véu” que obscurece a economia de produção real que o subjaz, onde o dinheiro serve como um lubrificante para tornar o comércio e as transações mais eficientes e menos onerosos.
Outros economistas, no entanto, como os das tradições keynesiana e monetarista, acreditam que o dinheiro e as finanças são fatores reais na economia e não podem ser ignorados como um simples véu. Karl Marx, escrevendo sobre o capitalismo no século 19, ligou o fluxo real e de dinheiro usando sua concepção de M – C – M ‘, onde o dinheiro é convertido em mercadorias (M – C), que são então vendidas com um lucro maior do que o dinheiro colocado (M ‘).
A crise financeira de 2008, que resultou em parte da falta de liquidez financeira nos mercados de crédito e monetário, mostra a importância da economia monetária, especialmente no mercado global de hoje.