Arranjo Multifibras (MFA)
O que era o arranjo multifibras (MFA)?
O Acordo Multifibras (MFA) foi um acordo de comércio internacional que lida com têxteis e vestuário que vigorou de 1974 a 2004. Ele impôs cotas sobre a quantidade de roupas e exportações de têxteis de países em desenvolvimento para países desenvolvidos.
Principais vantagens
- O Acordo Multifibras (MFA) regeu o comércio internacional de roupas e têxteis de 1974 a 2004.
- O objetivo do MFA era estabelecer cotas que limitassem as importações de têxteis nos países em desenvolvimento, cujas indústrias domésticas estavam enfrentando sérios prejuízos com o rápido aumento das importações.
- O sistema de cotas de importação que dominou o comércio durante esse período foi extinto.
Compreendendo o arranjo multifibras
Sob o Acordo Multifibras (multifibras), os Estados Unidos e a União Européia (UE) restringiram as importações de países em desenvolvimento em um esforço para proteger suas indústrias têxteis domésticas. Segundo o acordo, cada país em desenvolvimento signatário recebia cotas (quantidades numericamente limitadas) de itens específicos que poderiam ser exportados para os EUA e a UE. (Observe que, no início do acordo, a UE não existia em sua forma atual; o acordo incluía o que era então a Comunidade Europeia (CE) e a Associação Européia de Livre Comércio (EFTA).
História do arranjo multifibras
O acordo foi estabelecido pela primeira vez sob os auspícios do então existente Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT). As origens reconheceram (1) a ameaça para os mercados desenvolvidos das importações de roupas e têxteis baratas em termos de perturbação do mercado e o impacto sobre seus próprios produtores, e (2) a importância dessas exportações para os países em desenvolvimento em termos de seu próprio desenvolvimento econômico e como meio de diversificar as receitas de exportação.
Nesse estágio, os países em desenvolvimento frequentemente ainda dependiam fortemente das exportações de commodities primárias. O acordo tentou mitigar este conflito potencial para assegurar a cooperação contínua no comércio internacional. Nesse contexto, as cotas foram descritas como um meio ordenado de administrar o comércio global de roupas e têxteis em um prazo mais curto para evitar perturbações do mercado. O objetivo final continuou a ser a redução de barreiras e a liberalização do comércio, com os países em desenvolvimento esperando um papel cada vez maior nesse comércio.
O número de signatários do acordo mudou ligeiramente ao longo do tempo, mas era geralmente superior a 40, com a CE contando como um signatário. O comércio entre esses países dominou o comércio global de roupas e têxteis, respondendo por até 80%.
O GATT foi suplantado pela Organização Mundial do Comércio (OMC), e na Rodada Uruguai do GATT foi tomada a decisão de transferir a supervisão do comércio global de têxteis para a OMC. Também como resultado dessa rodada de negociações, teve início o desmantelamento das cotas do comércio global de confecções e têxteis. O processo foi concluído em 1 de janeiro de 2005, marcando efetivamente o fim do MFA. O acordo ajudou a proteger as indústrias das economias desenvolvidas conforme foi projetado, mas também ajudou a impulsionar a produção têxtil em alguns países onde as cotas na verdade lhes davam acesso que antes não tinham.