Recurso Comum
O que é um recurso comum?
Um recurso comum (ou “bens comuns”) é qualquer recurso escasso, como água ou pasto, que forneça benefícios tangíveis aos usuários, mas que ninguém em particular possui ou tem direito exclusivo. Uma grande preocupação com os recursos comuns é o uso excessivo, especialmente quando existem sistemas de gestão social deficientes para proteger o recurso principal.
Um recurso comum também pode ser chamado de recurso de acesso aberto.
Principais vantagens
- Um recurso comum é aquele que pode trazer benefícios à sociedade, mas que não pertence a ninguém em particular.
- Como qualquer pessoa pode desfrutar de seu uso comum, o risco de consumo excessivo e esgotamento final dos recursos comuns é uma grande preocupação.
- Essa preocupação foi formalizada sob o conceito de “tragédia dos comuns”.
Recursos Comuns Explicados
Recursos comuns são aqueles que nenhum indivíduo ou organização pode reivindicar. Isso pode incluir espaços públicos (como parques ou reservas naturais), certos recursos naturais (como peixes no mar) e assim por diante.
O uso excessivo de recursos comuns geralmente leva a problemas econômicos, como a tragédia dos comuns, em que o interesse próprio do usuário leva à destruição do recurso em longo prazo, para a desvantagem de todos.
A tragédia dos comuns é um problema econômico no qual cada indivíduo tem um incentivo para consumir um recurso às custas de todos os outros indivíduos, sem nenhuma maneira de excluir alguém do consumo. Isso resulta em consumo excessivo, investimento insuficiente e, em última instância, esgotamento dos recursos. Como a demanda pelo recurso sobrecarrega o suprimento, cada indivíduo que consome uma unidade adicional prejudica diretamente outros que não podem mais usufruir dos benefícios. Geralmente, o recurso de interesse está facilmente disponível para todos os indivíduos; a tragédia dos comuns ocorre quando os indivíduos negligenciam o bem-estar da sociedade em busca de ganhos pessoais.
História para o Contexto
Um pouco de história pode nos fornecer algum contexto. Embora tecnicamente criado por Garrett Hardin, ‘a tragédia dos comuns’, originou-se com Adam Smith, que muitos consideram o pai da economia. O trabalho seminal de Smith centrou-se na interação de indivíduos e agentes econômicos privados que exploram recursos comuns rivais e escassos (ambientais) para seus próprios fins racionais e egoístas, levando à superprodução e, em última instância, à possibilidade de um esgotamento irreversível de recursos limitados.
A raiz desse dilema deriva de direitos de propriedade insuficientes e mal protegidos, que no século 18 eram mal definidos e impossíveis de aplicar (pelos padrões atuais). De acordo com a teoria, como os consumidores não possuem bens comuns, eles têm pouco incentivo para preservá-los ou multiplicá-los. Em vez disso, há um incentivo para extrair o máximo de utilidade ou benefício pessoal enquanto você ainda pode.
Uma implicação óbvia e pungente ainda hoje são as rachaduras nos sistemas capitalistas. Para o desânimo de Smith, sua ” mão invisível ” nem sempre busca ações racionais e egoístas para resultados socialmente ideais; em vez disso, como ilustrado pela tragédia dos comuns, falhas de mercado e a alocação ineficiente de recursos escassos, é uma realidade infeliz.