22 Junho 2021 15:41

Bad Bank

O que é um banco ruim?

Um banco ruim é aquele criado para comprar empréstimos ruins e outras participações ilíquidas de outra instituição financeira. A entidade detentora de ativos inadimplentes significativos venderá essas participações ao banco ruim ao preço de mercado. Ao transferir esses ativos para o banco ruim, a instituição original pode compensar seu balanço patrimonial – embora ainda seja forçada a fazer baixas.

Uma estrutura de banco ruim também pode assumir os ativos de risco de um grupo de instituições financeiras, em vez de um único banco.

Principais vantagens

  • Bancos ruins são criados para comprar empréstimos ruins e outras participações ilíquidas de outra instituição financeira.
  • Os críticos dos bancos ruins dizem que a opção incentiva os bancos a assumir riscos indevidos, levando ao risco moral, sabendo que decisões erradas podem levar a um resgate de bancos ruins.
  • Exemplos de bancos ruins incluem Grant Street National Bank. Os bancos ruins também foram considerados durante a crise financeira de 2008 como uma forma de apoiar instituições privadas com altos níveis de ativos problemáticos.

Compreendendo bancos ruins

Os bancos ruins são normalmente criados em tempos de crise, quando instituições financeiras de longa data estão tentando recuperar suas reputações e carteiras. Embora os acionistas e detentores de títulos geralmente possam perder dinheiro com essa solução, os depositantes geralmente não. Os bancos que se tornam insolventes como resultado do processo podem ser recapitalizados, nacionalizados ou liquidados. Se eles não se tornarem insolventes, é possível que os gerentes de um banco ruim se concentrem exclusivamente na maximização do valor de seus ativos de alto risco recém-adquiridos.

Alguns criticam a configuração de bancos ruins, destacando como, se os estados assumem empréstimos inadimplentes, isso incentiva os bancos a assumir riscos indevidos, levando a um risco moral.

A McKinsey descreveu quatro modelos básicos para bancos ruins. Estes incluíam:

  • Uma garantia no balanço (geralmente uma garantia do governo), que o banco usa para proteger parte de sua carteira contra perdas
  • Uma entidade de finalidade especial (SPE), em que o banco transfere seus ativos ruins para outra organização (normalmente apoiada pelo governo)
  • Uma reestruturação interna mais transparente, na qual o banco cria uma unidade separada para manter os ativos ruins (uma solução que não é capaz de isolar totalmente o banco do risco)
  • Uma cisão de banco ruim, em que o banco cria um banco novo e independente para manter os ativos ruins, isolando totalmente a entidade original do risco específico

Exemplos de estruturas de banco ruins

Um exemplo bem conhecido de banco ruim foi o Grant Street National Bank. Esta instituição foi criada em 1988 para abrigar os ativos ruins do Mellon Bank.

A crise financeira de 2008 reavivou o interesse na solução de banco ruim, quando os gerentes de algumas das maiores instituições do mundo contemplaram segregar seus ativos inadimplentes.

O presidente do Federal Reserve Bank, Ben Bernanke, propôs a ideia de usar um banco ruim administrado pelo governo na recessão, após o colapso das hipotecas subprime. O objetivo disso seria limpar os bancos privados com altos níveis de ativos problemáticos e permitir que comecem a emprestar mais uma vez. Uma estratégia alternativa, que o Fed considerou, era um plano de seguro garantido. Isso manteria os ativos tóxicos nos livros dos bancos, mas eliminaria o risco dos bancos, em vez de repassá-lo aos contribuintes.

Fora dos Estados Unidos, em 2009, a República da Irlanda formou um banco ruim, a National Asset Management Agency, em resposta à própria crise financeira do país.