22 Junho 2021 18:03

Efeito de co-seguro

Qual é o efeito do co-seguro?

O efeito do cosseguro é uma teoria econômica que sugere que as fusões e aquisições  (M&A) diminuem o risco envolvido na detenção de dívidas em qualquer uma das entidades combinadas. Segundo essa teoria, seria de se esperar que a maior diversificação causada por atividades aquisitivas reduzisse o custo de empréstimo para a entidade combinada.

Principais vantagens

  • O efeito cosseguro é uma teoria que defende que a fusão de duas ou mais empresas diminui o risco de deter dívidas nas empresas individualmente.
  • A ideia é que o maior portfólio de produtos ou maior base de clientes resultante da fusão reduzirá os custos gerais de empréstimos para a nova empresa combinada.
  • Potencialmente, a entidade combinada será mais segura financeiramente, permitindo à empresa reduzir os custos de emissão de novas dívidas e, portanto, tornando mais acessível a captação de novos fundos.
  • No entanto, existem desvantagens nas fusões que podem minar o efeito do cosseguro, como, por exemplo, se o público desdenhar o negócio, as empresas parecerem uma combinação ruim e os investidores rebaixarem o preço das ações em resposta.

Compreendendo o efeito do cosseguro

O efeito do co-seguro pressupõe que as empresas que participam de fusões e aquisições acabam se beneficiando de uma maior diversificação. Esse aumento na diversificação vem de um portfólio de produtos mais amplo ou de uma base de clientes expandida. Mesmo quando a empresa adquirente assume dívidas de outra empresa, a força financeira da entidade combinada teoricamente protege-se da inadimplência melhor do que qualquer uma das empresas isoladamente. Portanto, o efeito do cosseguro sugere que as empresas que se fundem experimentarão sinergias financeiras por meio da combinação de operações.

A redução do risco de inadimplência de sua dívida deve diminuir o rendimento da demanda dos investidores pelas emissões de títulos da corporação. Os rendimentos dos títulos aumentam e diminuem com base no nível de risco de reembolso que os detentores de títulos assumem para financiar a dívida de uma empresa. Uma vez que a entidade combinada deve ser mais segura financeiramente, ela pode reduzir o custo de emissão de novas dívidas, tornando mais barato levantar fundos adicionais.

Por outro lado, rendimentos deprimidos podem tornar a emissão menos atraente para os detentores de títulos que buscarão taxas de retorno mais altas para compensar o risco.

Considerações Especiais

Os estudos do efeito do cosseguro sugerem uma força compensatória nas atividades de fusão e aquisição (M&A), às vezes chamada de desconto de diversificação. Este efeito sugere que os investidores podem ter uma visão obscura da diversificação em certas circunstâncias. Esses eventos podem incluir uma visão pública negativa do sindicato, preocupações com os diversos estilos de gestão da entidade maior e a falta de transparência durante o processo de M&A.

Nesses casos, pode ocorrer um desconto no preço das ações resultante, apesar do aumento das receitas pós-fusão. Alguns economistas acreditam que esse efeito poderia mitigar ou mesmo cancelar o efeito do cosseguro em alguns casos.

Exemplo de efeito de cosseguro

Suponha que uma empresa possua imóveis comerciais concentrados em uma determinada área metropolitana. Os fluxos de receita de arrendamentos comerciais normalmente estariam sujeitos a riscos em uma desaceleração econômica regional. Por exemplo, se um grande empregador fecha as portas ou se muda para uma área diferente, a redução na atividade econômica pode atingir as lojas, restaurantes e outras empresas locais com força suficiente para reduzir os lucros regionais gerais e talvez até fechar alguns negócios.

Um setor comercial menos vibrante impactará a empresa com taxas de ocupação mais baixas. Por sua vez, isso significará receitas mais baixas, de modo que aumentaria a chance de uma empresa imobiliária comercial não pagar suas dívidas.

Agora, suponha que a mesma empresa adquiriu outra entidade imobiliária comercial em uma região diferente. O risco de ambas as áreas encontrarem uma desaceleração econômica inesperada ao mesmo tempo é menor do que a probabilidade de uma ou outra enfrentar problemas.

Há uma probabilidade maior de que a receita de uma das duas regiões possa manter a empresa combinada à tona se a outra enfrentar tempos difíceis. Essa redução no risco sugere que a empresa provavelmente seria capaz de emitir dívida a uma taxa mais baixa após sua aquisição, uma vez que a diversificação geográfica que ganhou na fusão reduziu a probabilidade de um default da dívida.